Não existe o “você”. Não existe o “você mesma”.
Uma das principais características do ego é a de achar que tudo e que todos estão separados.
Ele pensa que é algo, e que você é outro. Pensa que as suas experiências são uma coisa, e que você é outra coisa. Ele pensa que as pessoas estão separadas e que, portanto, seja cada um por si e Deus por todos, desde que ele esteja em segurança.
A partir desta premissa, a da separação, o ego passa a identificar tudo (pessoas, experiências, situações, sentimentos e emoções). E, a partir daí, passa a julgar cada um desses atributos como bom ou mal para que, após ter feito esta análise, possa partir para a guerra e suas associações. Uma verdadeira estratégia de guerrilha que, como sempre, por ter como fator primordial a guerra em si mesma, só poderá desencadear em mais guerras, mais sofrimentos e mais separação. Tudo isto por acreditar que somos entidades separadas umas das outras.
Desde sempre isto vem ocorrendo e é por isso que se vê tanta violência, ganância, e outras tantas desgraças mais por aí.
Eu sugiro que você não se classifique mais como o lado A ou o lado B, pois você não é nenhum deles e deveria se enxergar, simplesmente, como um ser que possui vários atributos que ainda não são conhecidos e compreendidos por você.
É preciso compreender que não existe o bom sem o mal. Não existe o não manifesto caso não existisse o manifesto e que, um acorde musical, não poderia existir sem o silêncio. Acredite, nenhuma luz teria significado caso não houvesse a escuridão. Todas estes opostos se complementam entre si e nos possibilitam ter uma experiência nessa esfera e em tantas outras.
Portanto, se entenda, se compreenda e aceite que você é, simplesmente, aquilo que é. Esse é o primeiro passo para ficar em paz e evoluir com bases fincadas na verdade.
Saiba que, quem está querendo matar o seu ego, é ele mesmo. Talvez essa seja a maior frustração dele, a de não conseguir acabar com ele mesmo.
Diogo Beltrame
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