domingo, 13 de dezembro de 2015

Relações humanas

Um aspecto bastante desafiador nas relações humanas é a convivência entre familiares. Amigos são aqueles que escolhemos para estar ao nosso lado por livre e espontânea vontade, mas parentes e agregados não. Não se trata de uma escolha, pois essas pessoas são inseridas em nosso convívio sem que necessariamente tenham sido escolhidas por nós.

Então o que fazer?

Em primeiro lugar, é necessário que se compreenda que toda pessoa que está presente em sua vida neste momento traz consigo um aprendizado para você. Nada acontece por acaso no universo e todos os encontros são uma forma de mostrar algo sobre você mesmo. E o que tenho notado durante esse período em que estudo a mente humana, é que por conta da insegurança que permeia este planeta, as pessoas estão cada vez mais se colocando dentro da pior prisão que existe: a da própria mente e dos seus condicionamentos.

Toda a miséria nas relações humanas (entre parentes principalmente) se deve ao fato do excesso de expectativas que as pessoas estão depositando umas sobre as outras. A não aceitação de uma pessoa como ela é gera em você a expectativa de que ela seja como você acha que tem que ser, e isso nunca acontece, pois essa pessoa tem as suas próprias experiências que fizeram dela o que ela é hoje. Cobrar de uma pessoa que ela pense como você chega a ser uma insanidade, e é justamente dentro deste manicômio em que a sociedade humana está vivendo. Todos cobrando todos e ninguém atendendo ninguém.

É necessário interromper esse ciclo de poder que você vem dando ao mundo. Esse poder é dado por você mesmo quando atribui o seu bem estar baseado naquilo que aquela pessoa vai fazer ou não. Todo o problema está aí. Os relacionamentos viraram uma guerra de egos. E tudo que nasce da guerra só poderá gerar ainda mais guerras.

Faça o que tem de ser feito por você mesmo e siga o seu coração, sempre. Pare de se enjaular nas prisões da mente doentia que adora criar problemas onde eles não existem. Você não está aqui para atender as expectativas de ninguém e ninguém está aqui para atender as suas. Viva a sua vida praticando o bem, mas lembre-se que, para que você possa ser bom para alguém, é necessário, primeiramente, que você seja bom para você mesmo.

Cuidar dos outros é fácil. Abdicar do seu próprio bem-estar pensando no outro é o que todos fazem. Dar carinho e estar sempre disposto a ajudar aqueles que lhe pedem um conselho é confortável e gera segurança, pois é uma oportunidade de você mostrar o quanto é bom. Difícil mesmo é dar carinho, respeito e atenção para si mesmo, e isso é algo que está faltando para todos.
   
A vida é uma escola e a principal matéria a ser aprendida é a habilidade de se relacionar com as pessoas praticando o respeito. Respeito, no sentido literal da palavra.

Viva e deixe viver.

Diogo Beltrame.

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